The gathering

Prefácio

Lembram no primeiro post quando eu disse que tinha aberto esse blog por uma sensação de nostalgia causada pelo blog do Gus? O blog dele me causou mais duas reações:

A primeira foi quando ele analisou a freqüência do blog dele e percebeu que não tinha muita participação. Parei pra ver o meu e percebi que não tenho ferramentas de análise, mas que basicamente ninguém acessa meu blog com exceção do próprio Gus. Acho que a conclusão é a mesma... textos grandes não chamam a atenção, principalmente quando discutem questões que a maioria das pessoas tem medo de analisar porque alcançam respostas descontentes. Mas se comparar com o teu blog gus o meu está em desvantagem já que eu tenho um leitor assíduo (vc), contra o seu que tem dois leitores assíduos (eu e a mari), apesar de eu ter mais 2 ou 3 leitores (muito) esporádicos.

Por isso vou seguir um embalo e começar uma história para ver se causo uma pequena fidelização ao site. Porém o Gus está escrevendo um ótimo suspense gungster enquanto eu vou seguir para Sci-Fi Fantasy. A conseqüência é que eu acho que não terá a atenção do público porque acaba sendo muito nerdistico, mas eu estou louco para escrever isso que é na verdade uma mistura de um grupo de sonhos que eu já tive...

Quem me conhece sabe que eu tenho o costume de sonhar histórias estranhas e que nelas aparecem amigos e amigas e como eu não tenho criatividade nem para escrever uma história, que dirá inventar um nome! Puta pé no saco.

Outra coisa que eu aviso é que a história não tem a intenção de ter revoluções, mudanças de rumos e etc pois acredito que nem tudo é Lost... no caso essa história é bem café com leite e até certo ponto previsível. Se bobiar é praticamente uma base para mestrar um Gurps!!!

Se ainda querem ler... Segue a primeira parte...

Também aviso que não garanto segunda parte... vai vir quando der...

Chapter I. The Gathering

Era mais uma noite de insônia como qualquer outra, sem grandes novidades, janela aberta, eu olhando para o céu, tentando procurar uma lua nesse céu poluído, cigarro na boca e cinzeiro no parapeito, foi ai que me bateu um estalo "que vontade de cagar". Tá bom que eram 2h da manhã, mas essas coisas vem, você não pode ir contra e a minha dieta desbalanceada baseada em hot-dog´s e lanches de frios com bastante margarina ajuda bastante.

Levantei e fui calmamente para o banheiro, claro com mais um cigarro e o meu isqueiro da Red Light de Amsterdã, aqueles com um cartoon de sexo. Eu não fui com o cigarro aceso porque minha mãe iria purrinhar depois com o cheiro. Me movimentei proporcionando o menor barulho possível para não acordar ninguém e já estava até pensando em tomar um banho na seqüência, primeiro porque eu tenho hemorróida e o ideal é lavar, não passar o papel e segundo porque eu sempre me atraso pra ir trabalhar porque acordo atrasado e ainda tenho que tomar banho, então ganharia mais 30 minutos a hora que acordasse.

Sem segredo, sentei, acendi o cigarro, assumi a posição de pensador e comecei a cagar. Quando terminei o cigarro já fazia algum tempo que tinha terminado com o ato fisiológico, fiz aquela levantadinha da bunda para passar o papel (de leve) e quando voltei tinha uma pessoa na minha frente. Se eu tomei um susto? CLARO, mas não gritei porque estava pensando em acordar alguém, mas claro que falei um "puta que o pariu" e já puxei a camiseta para baixo, tentando cobrir o corpo, afinal sou uma pessoa um pouco acanhada.

Essa pessoa estava com uma máscara que parecia meio que um capacete com detalhes humanos (nariz, volume dos olhos e boca) todo branco e uma vestimenta que aparentava ser grossa, mas era inteiriça e razoavelmente rente ao corpo. Eu não conseguia falar nada, o que me parece razoável, até que o ser vira pra mim e fala:

- Não fique assustado, nós acreditamos que você tem o potencial para o que nós precisamos que você faça. Me dê a mão e nós vamos partir, daqui 2 horas você vai voltar pra cá do jeito que é e lembrando de tudo que acontecerá nesse tempo. Esses são os seus medos, não? Uma abdução que te coloquem uma sonda anal e você ainda volte sem lembrar nada. Pois fique tranqüilo, isso é de assistir muita televisão.

Depois dessa é claro que eu dei a mão para ele, enquanto já puxava a calça e cueca juntos, ainda sem falar nada. Eu ainda estava pensando “quem é você”, “como é que é”, “what the fuck”, “pra onde você está me levando” entre outras coisas que na verdade eu estava tentando falar, mas não saia porque eu estava muito pasmo.

Eu sei que mal toquei na mão dele e já não estava mais no meu apertado banheiro, estava sim era num puta galpão branco, com uma temperatura super agradável, terminando de arriar minha calça e cueca. Quanto a viagem, não teve transição, não teve delay, não teve túnel de viagem, não teve porra nenhuma, eu simplesmente não estava no meu banheiro e estava naquele galpão, com mais umas 30 pessoas, homens e mulheres, negros, brancos, amarelos, vermelhos, cor de burro quando foge, jovens etc.

Pelo que eu percebi todos estavam ou dormindo ou se preparando para, porque a maioria estava bem a vontade quanto a roupa. Todos tinham chegado ao mesmo tempo porque alguns estavam caindo no chão como se estivessem sentados em algo antes, outros deitados, outros como eu que estava girando em torno do próprio eixo estasiado com a situação, mas com certeza estavam todos assustados.

Ninguém estava conversando com ninguém, ficamos um tempo ali que pareceu uma eternidade, mas na verdade acho que eram uns 3 minutos e alguns já estavam se ajeitando, sentando indiozinho, lótus, fetal, deitando, encostando em paredes etc. Eu estava sentado com as pernas esticadas para frente e os braços esticados me mantendo com a coluna inclinada para trás enquanto eu olhava para cima e tentava imaginar a altura daquele galpão procurando alguma mancha que eu pudesse focar a vista, já que por ser todo branco confundia o foco do olhar.

Em um momento olhei para frente e percebi que tinha uma menina chorando desesperadamente, abraçando suas pernas e vestida com um pijama de flanela com ursinhos. Lembro que quando olhei para essa menina soltei um sorriso que compensaria a vontade de rir, somente pelo pijama, porque percebi que ela era linda, cabelo preto, seios fartos, cinturinha e pele branca, parecia uma cheerleader americana.

Depois olhei para o meu lado direito e vi uma outra moça deliciosa, talvez porque ela estava somente de calcinha e sutiã, cabelos pretos com uma mecha vermelha, um pequeno peneuzinho, olhos gordos e um nariz um pouco comprido. Olhei próximo a ela e percebi que nenhum dos homens estava reparando nela e aquilo me fez pensar “idiotas” mas ai percebi que tinham mulheres mais bonitas que ela e lembrei também que o meu gosto para mulheres não é muito padrão, de qualquer forma não é todo dia que me sobra uma dessas de calcinha e sutiã na mesma sala que eu, então levantei e fui até ela, sem passos grandes e agachei do lado dela. Ela olhou pra mim e não falou nada, percebi que mais pessoas olharam pra mim, acho que todos estavam pensando “o que diabos esse cara vai fazer”, então tirei minha camiseta e coloquei nela do jeito que ela estava (abraçando as próprias pernas), laceando toda a camiseta, mas cobrindo o corpo dela. Eu sei que poderia deixar ela do jeito que estava, mas como eu ia puxar uma conversa sem antes parecer um homem correto?

- Acho que você vai ficar mais confortável assim né? - Com um sorriso amarelo ouro e as pernas já tremendo, como em toda vez que eu vou cantar uma mulher e voz baixa para não chamar a atenção mais do que já estava chamando.

- No capisce - ela também falou baixo, mas eu não precisaria nem entender o que ela tinha falado porque a cara que ela fez foi muito “O que diabos se falou agora?”.

- Italiana? - recebi um sim sorridente com a cabeça e na seqüência já travei por um segundo ou dois e depois falei com o máximo de concentração possível e bem devagar - Do you speak english?

- Yes, a little - agora quem fez o sorriso amarelo foi ela.

- Good, because I only speak a “little” english - quando terminei de falar já pensei “eu e minhas piadas idiotas, por isso que você está sempre na seca”, mas o surpreendente é que ela devolveu um sorriso, como se tivesse entendido a brincadeira, o que me fez pensar “dale garoto, agora vai! Huhuuuuuuu”.

- Do you work? - perguntei naturalmente.

- Yes - com uma cara de “acho que não entendi, esse cara é meio estranho”.

- With what? - continuei natural como se não tivesse percebido a exitação dela.

- I’m in my residence... I’m studing medicine - ainda com aquela cara de “hein?”.

- Cool, I work in a publicist agency and study merchandising and publicity - ela fez uma cara de não entendi - Understood?

- A little - fazendo um sinal de “mais ou menos” com a cabeça.

- This is becouse I probably didn’t say right, but this is ok… now we know one another and are friends… now I need your help to calm down that girl - falei mais eufórico, com um sorriso no rosto e apontando para a cheer leader chorona.

Quando ela já estava levantando que eu lembrei - Sorry, what´s your name?

- Milena, and you? - sorrindo como quem diz “é verdade né, você me identifica sua amiga sem nem saber meu nome?”.

- Paulo, but you can call me as Pablo or Paul, what is more easy for you - falei com gestos de indiferença para o meu nome.

- Pablo is cool - ela falou bem próxima a mim já que a ajudei a se levantar... na minha opinião próxima até demais para o meu coraçãozinho fraco.

Andamos até a nossa futura amiga chorona calmamente. Não preciso nem dizer que quase todo mundo estava olhando pra gente com um pensamento de dúvida se deveriam socializar também ou não, apesar de que algumas pessoas já estavam começando a cochichar e os assuntos eram nos dois.

- Hey blue girl, why you are crying? What´s your name? - falei com o meu sorriso amarelo que abre qualquer porta do céu ou do inferno. Sarcasmo é uma característica comum a mim.

- What? - ela olhou assustada porque não nos percebeu chegando.

- Hey blue girl, what is your name? - agora que eu me lembro o quão ridículo foi eu tentando ser um cult americano, “blue girl”?

- Katie.

Continua...

4 comentários:

Anônimo disse...

Chapado =D

O lugar "branco e sem dimensão" me lembra muito o estúdio de paredes brancas e sem cantos do Capa (onde temos aulas para tornarmo-nos publicitutos diplomados) e a mina de cabelo preto/vermelho não seria alguém que você conheceu - se não engano, a do ponto de ônibus?

Pois é, amigo. Caçar audiência blogueira requer diversificação, planejamento e, como sempre, criação limitada, constante e responsável. Uma MERDA.

Por isso prefiro ficar com dois leitores mesmo, pelo menos eles lêem a porra dos textos, ao invés de tecer algum comentário idiota sobre o clima do dia. =D assaz melhor ter dois leitores de verdade do que vinte pseudo-leitores.

E caralho, continue a história, dá vontade de ler tudo de uma vez, tá ligado uhAIUHAiuAHiuAHiuhaiuhi mas enfim, vai postando ae quando der =D

Abraços, véio!

Anônimo disse...

alguns comentários:
em primeiro lugar: não é porque as pessoas não comentam, que elas não frequentam;
em segundo lugar: pode ser que elas não frequentem não porque elas tem "medo" do assunto, mas simplesmente porque elas não gostam do seu blog (é uma possibilidade, não estou me referindo a mim, afinal, eu frequento aqui);
em terceiro lugar: pára de choramingar comentário!

beijos

Mitzarel disse...

huahauhauhauah.
Tenho q concordar mendigar comentario é foda.
pra variar sua mente insana está fununciando...
ficou muito legal o começo, quero ler o resto.
ps. vc ainda tá c/ a bunda suja, por acaso vc tá de pampers.


abraços....

Anônimo disse...

Húm!!!!
Só tenho a dizer que o Osmir não muda nunca, desde que o conheci a 7 anos atraz éssa figura já era assim, deve ser por isso que eu curto ele, a inteligência dele esta acima das nossas. HáHá, nunca chamei ele de Jr, nem no primeiro dia de trabalho, abraços.