The Gathering - 3ª parte

- I see that isn't everybody here that speaks this, but I see some mirrors working, hehehe! - por que será que ninguém riu? Lembrei... é porque é uma piada entre eu, o Gus e o Brista, meus amigos da faculdade.
- Let´s, if we can, start a talk introducing our selves. My name is Paulo, from Brasil, 23 years old, study publicity, works in a agency with promocional and events strategy and no, there isn't monkey in every place of Brasil, I live in São Paulo and there we have avenues and streets that remember New York. I smoke, don't eat anithing that is good for healthy and love drink beer, real beer not that american shit. I Love the oriental culture, I'm descended from italians, I wan't to do my PHD in Germany and I don't hate United States, I don't like the excessive proud and your governor, but I love your restaurants chains!!! Next? - eu juro que peidei quando terminei de falar, porque estava nervosíssimo, algumas estavam rindo das coisas que eu falava ou das caras e/ou gestos que eu fazia, outras ficaram atentas. É claro que quando eu falei da cerveja eu dei um tapinha na minha barriga a mostra. No começo a Katie não estava gostando dos comentários sobre os Estados Unidos, mas no final ela entendeu que não era com os abitantes, mas o melhor mesmo foi todo mundo concordando com as críticas americanas, hehehe, percebi que tinha um casal oriental, que quando eu falei que gostava da cultura deles, bateu a mão no peito e fez um V de vitória com os dedos pra mim, fiquei com vontade de rir.
- Ok, now I will talk. My name is Dietrich, have 22 years old and before anithing I want to say that I don't know anithing about Brazil, besides football, but I'm very interested to chalenge your beer against my - sorriso filha da mãe, acho que eu fui com a cara dele - besides this, I study philosofy em Berlin, I always dreamed with this thing,as you see I smoke too. About my nutricional things, I´m proud of been a vegetarian and I don´t have any probleman with who likes meat. And for curiosit, germans stoped been nazis some time ago, so I don't have any probleman with colors, religions, sexual orientations and by there goes. Next?
- I think that I will use your last comment to introduce myself. My name is Swahili and I don't have any sexual orientation because I born with AIDS - eu lembro de ter reparado nela pela primeira vez, era uma negona linda e assim como eu todos ficaram muito chocados com o comentário dela - I'm from Congo and not every corner of Africa is pour. My father is a politician and my mother was a prostitute, I think this explains some doubts of you. I'm here becouse they promissed that will kill my desease. I didn't learn english in Congo, but in England, when I live because my father don't want me in Africa and I think that everybody understand why. In England I live at the University of Leeds where I studies theology only for the porpouse of prouving that God doesn't exist. Some one want to be the next?
Bem, essa foi pesada! Shahili era muito bonita e estava vestida com um pijama todo preto de seda, mas o jeito dela falar fazia qualquer um tremer, era tenso e desacreditado. A essa altura do campeonato eu estava pensando se ninguém ia lá falar com a gente, afinal de contas meu cigarro já tinha acabado.
- Hi, my name is Myamoto Shikamaru, but you can call me as Shika. I will not speak much because I don't know english very well, but my life is bushidô and I think that we are here because we are going to die fighting - ficamos todos em choque e o filho da mãe fica lá sorrindo.
- Ok Shika, why you think this? - eu falei abraçando a Katie que despencou chorar novamente.
Shika: Porque é a verdade, eu já sonhei várias vezes com esse momento e eu sei que nós vamos guerrear com alieniginas!
Eu: O QUE? Você fala português? - eu fiquei besta por ter entendido perfeitamente o que ele disse, mas a minha maior surpresa foi:
Milena: Por que vocês estão falando em italiano?
Dietrich: GENTE, GENTE! Vocês estão falando em alemão!!!
A katie ficou tão chocada, que ela até parou de chorar, se soltou um pouco dos meus braços e falou: Paul, vocês continuam falando inglês, só que agora vocês estão falando direitinho - ela falou com uma mistura de tranquilidade e de surpresa.
Eu: Tá bom pessoal, agora sim eu acho que nós vamos ver coisas que levarão àquela velha frase "Agora acho que já vi de tudo".
Milena (pânico): tipo isso?
Quando olhei para o punho dela tinha um tipo de relógio, mas a pior parte foi quando eu fui tocar o relógio que eu vi que também tinha um no meu pulso esquerdo. Quando olhei para o resto do grupo estavam todos chocados olhando para os seus pulsos.
Dietrich: Eu sugiro que ninguém aperte nada, vocês sabem como essas coisas gostam de explodir!
Eu: Eu adoro apertar botões, mas para isso eu precisaria saber o que é um botão aqui nessa merda chapada e brilhante.
- Paulo, você já parou para pensar que fala muitos palavrões?
Eu comecei a olhar para os lados tentando procurar quem falou comigo: Gente, vocês ouviram também? - Quem cala consente, estavam todos olhando para mim.
Nesse instante toda aquela estrutura branca começou a se desdobrar para cima e cada placa que se encontrava com outra virava uma só e no lugar daquilo tudo estávamos vendo um grande campo aberto com naves voando por perto, sobrados e prédios estranhos ao longe e um grupo de 10 seres, todos iguais ao cara que me convidou no banheiro, a diferença era que eles tinham uma faixa colorida na lateral do corpo. Eles estavam em formação V e da esquerda para a direita eram: branco, amarelo, verde, vermelho, preto (ele era a ponta do V), marrom, laranja, azul, beje, prata. O preto deu um passo a frente e disse:
- Senhoras e senhores, bem vindos e eu gostaria de avisar que vocês são os representantes dos terráqueos no que está por vir. Nós não temos nomes, então desenvolvemos uma estrutura de comando que vocês usarão para nos nomear. Prazer, eu serei o Almirante e nós conversaremos um pouco sobre o que é aqui, o que vai acontecer, quem somos nós, porque vocês etc. Antes eu pediria que vocês pressionassem seus polegares contra a superfície da interfácie que lhes foi transportada.
Eu olhei para a Milena, Katie, Dietrich, Shika e Swahili e entre olhares fizemos sinal de aprovação com nossas cabeças. Apertamos quase ao mesmo tempo e sem sentir nada estavamos todos vestidos, ou melhor, uniformizados. Era uma camiseta preta, com uma calça que parecia jeans, mas não era e um casaco esporte por cima, com a bandeira de cada país em cima do bolso esquerdo. Estavam todos começando a se tranquilizar e depois que viram o que aconteceu conosco também apertaram suas interfaces.
As coisas estavam começando a ficar interessantes até que o Almirante deu passo a mais em nossa direção e falou:
- Shikamaru, você poderia vir até aqui e nos contar um pouco mais do seu sonho?

continua...

01 - the gathering (2ª parte)

Antes da continuação da história... acho que já esclaresci todos os comentários com cada participante da última e primeira parte né??? Dessa vez não tem tanto quanto da última... é que tá meio corrido aqui... então só terminei mais um quadro e vamos seguir em frente....

__________

Andamos até a nossa futura amiga chorona calmamente. Não preciso nem dizer que quase todo mundo estava olhando pra gente com um pensamento de dúvida se deveriam socializar também ou não, apesar de que algumas pessoas já estavam começando a cochichar e os assuntos eram nos dois.

- Hey blue girl, why you are crying? What´s your name? - falei com o meu sorriso amarelo que abre qualquer porta do céu ou do inferno. Sarcasmo é uma característica comum a mim.
- What? - ela olhou assustada porque não nos percebeu chegando.
- Hey blue girl, what is your name? - agora que eu me lembro o quão ridículo foi eu tentando ser um cult americano, “blue girl”?
- Katie - ainda chorando e com uma voz melada de baba - you aren´t american - a sinceridade dela até me machucou porque era a mesma coisa falar que meu inglês tava uma merda e a essa altura do campeonato eu já até estava ficando convencido.
- Yes, I’m brazilian, this is the “bela” Milena, from Italy - ai que vergonha, só de lembrar as minhas tentativas de... ai que vergonha.
- I´m from Mishigan - como se todos os outros terráqueos deveriam conhecer a geografia americana, mas foi então que eu dei minha primeira bola fora ou a décima, é que pra eu perceber é porque deve ser muito grave.
- You are a cheerleader. No? - falei como se fosse uma pergunta super natural, sorrindo de quebra. Eu só não sei porque a Milena espirrou uma risada e me olhou com cara de reprovação.
A minha resposta foi um ataque de choro da parte dela que me fez colocar a mão nos joelhos dela e pedir para se acalmar.
- Calm down, calm down, I didn’t meaned - foi aqui que eu percebi a burrada, a sorte é que a Milena estava lá para me salvar.
- Why are you crying Katie? - então eu percebi que ela realmente estava estudando medicina, porque pareceu um “a cirurgia foi um sucesso, mas o paciente morreu”.
- I don´t know if I did the righ choice, I’m afraid of what they gona do with us…
Eu me intrometi - You too received a visit from a man in white?
As duas olharam pra mim afirmativamente com a cabeça e eu estraguei tudo de novo - He said to you that he won´t put anithing in your but to? Please say that he won’t do this!
A minha surpresa é que as duas olharam para mim sorrindo, tentando segurar, mas eu não sei se foram as caras e bocas, o sotaque ou o comentário em si, mas elas caíram na gargalhada e mais 5 homens perto da gente também começaram a rir muito e aquilo foi se espalhando e eu percebi que estavam todos prestando atenção na nossa conversa, mas eu acredito que aquela risada foi de pânico porque todos estavam com o mesmo medo que eu.
Enquanto eu levantei a cabeça para ver quem era a nossa platéia percebei que tinham algumas pessoas que estavam com cara de interrogação e entre essas algumas estava perguntando para pessoas próximas o que parecia ser “o que eles estão falando”, então eu entendi que nem todo mundo lá falava inglês mas que algumas pessoas falavam mais de uma língua e que talvez seria possível formalizar uma comunicação entre todos. Mas foi ai que eu vi... na hora certa... um branquelo pouco mais transparente que eu só que vestido esporte. Eu ainda não tinha reparado nele e imaginei que ele não estava em casa quando ele foi convidado, talvez estivesse dentro do carro dele voltando ou indo para algum lugar ou estava em algum ambiente social, mas o mais importante não é isso, é que enquanto ele ria também segurava um maravilhoso cigarro que ia descer como água pelos meus pulmões.
Fiz sinal com a mão direita para as meninas e fui até ele já puxando meu isqueiro da Red Light Street.
- Sorry dude, but can you give me a cigar? - acho que foi a frase mais fluente que saiu até então.
- Shure, can I use your lighter? - ele falou com um sotaque de alemão que não dava nem pra esconder.
- It´s a good exchange - eu disse apontando o dedo pra ele.
- Dude, you do strange faces, you are not scared with this all? - não é que o filha da mãe falou isso rindo na minha cara? Eu devo ter algum problema.
- I can say that I'm not shiting on my pants becouse I'was shiting when invited here. But you remembered a good thing... EI EVERYBODY WHO IN THIS HELL SPEAKS ENGLISH? - o meu berro foi tão alto que o alemão até deu um pulo pro lado.
- WHY NOT START A CONVERSATION HERE? - enquanto falei isso algumas pessoas foram se aproximando enquanto outras consultaram outras pessoas primeiro e depois se aproximaram.
- I see that isn't everybody here that speaks this, but I see some mirrors working, hehehe! - por que será que ninguém riu? Lembrei... é porque é uma piada entre eu, o Gus e o Brista, meus amigos da faculdade.
- Let´s, if we can, start a talk introducing our selves. My name is Paulo, from Brasil, 23 years old, study publicity, works in a agency with promocional and events strategy and no, there isn't monkey in every place of Brasil, I live in São Paulo and there we have avenues and streets that remember New York. I smoke, don't eat anithing that is good for healthy and love drink beer, real beer not that american shit. I Love the oriental culture, I'm descended from italians, I wan't to do my PHD in Germany and I don't hate United States, I don't like the excessive proud and your governor, but I love your restaurants chains!!! Next? - eu juro que peidei quando terminei de falar, porque estava nervosíssimo, algumas estavam rindo das coisas que eu falava ou das caras e/ou gestos que eu fazia, outras ficaram atentas. É claro que quando eu falei da cerveja eu dei um tapinha na minha barriga a mostra. No começo a Katie não estava gostando dos comentários sobre os Estados Unidos, mas no final ela entendeu que não era com os abitantes, mas o melhor mesmo foi todo mundo concordando com as críticas americanas, hehehe, percebi que tinha um casal oriental, que quando eu falei que gostava da cultura deles, bateu a mão no peito e fez um V de vitória com os dedos pra mim, fiquei com vontade de rir.
- Ok, now I will talk. My name is Dietrich, have 22 years old and before anithing I want to say that I don't know anithing about Brazil, besides football, but I'm very interested to chalenge your beer against my... - sorriso filha da mãe, acho que eu fui com a cara dele...

continua... (próximo parte conheçam todos os participantes do primeiro ato dessa história)...

The gathering

Prefácio

Lembram no primeiro post quando eu disse que tinha aberto esse blog por uma sensação de nostalgia causada pelo blog do Gus? O blog dele me causou mais duas reações:

A primeira foi quando ele analisou a freqüência do blog dele e percebeu que não tinha muita participação. Parei pra ver o meu e percebi que não tenho ferramentas de análise, mas que basicamente ninguém acessa meu blog com exceção do próprio Gus. Acho que a conclusão é a mesma... textos grandes não chamam a atenção, principalmente quando discutem questões que a maioria das pessoas tem medo de analisar porque alcançam respostas descontentes. Mas se comparar com o teu blog gus o meu está em desvantagem já que eu tenho um leitor assíduo (vc), contra o seu que tem dois leitores assíduos (eu e a mari), apesar de eu ter mais 2 ou 3 leitores (muito) esporádicos.

Por isso vou seguir um embalo e começar uma história para ver se causo uma pequena fidelização ao site. Porém o Gus está escrevendo um ótimo suspense gungster enquanto eu vou seguir para Sci-Fi Fantasy. A conseqüência é que eu acho que não terá a atenção do público porque acaba sendo muito nerdistico, mas eu estou louco para escrever isso que é na verdade uma mistura de um grupo de sonhos que eu já tive...

Quem me conhece sabe que eu tenho o costume de sonhar histórias estranhas e que nelas aparecem amigos e amigas e como eu não tenho criatividade nem para escrever uma história, que dirá inventar um nome! Puta pé no saco.

Outra coisa que eu aviso é que a história não tem a intenção de ter revoluções, mudanças de rumos e etc pois acredito que nem tudo é Lost... no caso essa história é bem café com leite e até certo ponto previsível. Se bobiar é praticamente uma base para mestrar um Gurps!!!

Se ainda querem ler... Segue a primeira parte...

Também aviso que não garanto segunda parte... vai vir quando der...

Chapter I. The Gathering

Era mais uma noite de insônia como qualquer outra, sem grandes novidades, janela aberta, eu olhando para o céu, tentando procurar uma lua nesse céu poluído, cigarro na boca e cinzeiro no parapeito, foi ai que me bateu um estalo "que vontade de cagar". Tá bom que eram 2h da manhã, mas essas coisas vem, você não pode ir contra e a minha dieta desbalanceada baseada em hot-dog´s e lanches de frios com bastante margarina ajuda bastante.

Levantei e fui calmamente para o banheiro, claro com mais um cigarro e o meu isqueiro da Red Light de Amsterdã, aqueles com um cartoon de sexo. Eu não fui com o cigarro aceso porque minha mãe iria purrinhar depois com o cheiro. Me movimentei proporcionando o menor barulho possível para não acordar ninguém e já estava até pensando em tomar um banho na seqüência, primeiro porque eu tenho hemorróida e o ideal é lavar, não passar o papel e segundo porque eu sempre me atraso pra ir trabalhar porque acordo atrasado e ainda tenho que tomar banho, então ganharia mais 30 minutos a hora que acordasse.

Sem segredo, sentei, acendi o cigarro, assumi a posição de pensador e comecei a cagar. Quando terminei o cigarro já fazia algum tempo que tinha terminado com o ato fisiológico, fiz aquela levantadinha da bunda para passar o papel (de leve) e quando voltei tinha uma pessoa na minha frente. Se eu tomei um susto? CLARO, mas não gritei porque estava pensando em acordar alguém, mas claro que falei um "puta que o pariu" e já puxei a camiseta para baixo, tentando cobrir o corpo, afinal sou uma pessoa um pouco acanhada.

Essa pessoa estava com uma máscara que parecia meio que um capacete com detalhes humanos (nariz, volume dos olhos e boca) todo branco e uma vestimenta que aparentava ser grossa, mas era inteiriça e razoavelmente rente ao corpo. Eu não conseguia falar nada, o que me parece razoável, até que o ser vira pra mim e fala:

- Não fique assustado, nós acreditamos que você tem o potencial para o que nós precisamos que você faça. Me dê a mão e nós vamos partir, daqui 2 horas você vai voltar pra cá do jeito que é e lembrando de tudo que acontecerá nesse tempo. Esses são os seus medos, não? Uma abdução que te coloquem uma sonda anal e você ainda volte sem lembrar nada. Pois fique tranqüilo, isso é de assistir muita televisão.

Depois dessa é claro que eu dei a mão para ele, enquanto já puxava a calça e cueca juntos, ainda sem falar nada. Eu ainda estava pensando “quem é você”, “como é que é”, “what the fuck”, “pra onde você está me levando” entre outras coisas que na verdade eu estava tentando falar, mas não saia porque eu estava muito pasmo.

Eu sei que mal toquei na mão dele e já não estava mais no meu apertado banheiro, estava sim era num puta galpão branco, com uma temperatura super agradável, terminando de arriar minha calça e cueca. Quanto a viagem, não teve transição, não teve delay, não teve túnel de viagem, não teve porra nenhuma, eu simplesmente não estava no meu banheiro e estava naquele galpão, com mais umas 30 pessoas, homens e mulheres, negros, brancos, amarelos, vermelhos, cor de burro quando foge, jovens etc.

Pelo que eu percebi todos estavam ou dormindo ou se preparando para, porque a maioria estava bem a vontade quanto a roupa. Todos tinham chegado ao mesmo tempo porque alguns estavam caindo no chão como se estivessem sentados em algo antes, outros deitados, outros como eu que estava girando em torno do próprio eixo estasiado com a situação, mas com certeza estavam todos assustados.

Ninguém estava conversando com ninguém, ficamos um tempo ali que pareceu uma eternidade, mas na verdade acho que eram uns 3 minutos e alguns já estavam se ajeitando, sentando indiozinho, lótus, fetal, deitando, encostando em paredes etc. Eu estava sentado com as pernas esticadas para frente e os braços esticados me mantendo com a coluna inclinada para trás enquanto eu olhava para cima e tentava imaginar a altura daquele galpão procurando alguma mancha que eu pudesse focar a vista, já que por ser todo branco confundia o foco do olhar.

Em um momento olhei para frente e percebi que tinha uma menina chorando desesperadamente, abraçando suas pernas e vestida com um pijama de flanela com ursinhos. Lembro que quando olhei para essa menina soltei um sorriso que compensaria a vontade de rir, somente pelo pijama, porque percebi que ela era linda, cabelo preto, seios fartos, cinturinha e pele branca, parecia uma cheerleader americana.

Depois olhei para o meu lado direito e vi uma outra moça deliciosa, talvez porque ela estava somente de calcinha e sutiã, cabelos pretos com uma mecha vermelha, um pequeno peneuzinho, olhos gordos e um nariz um pouco comprido. Olhei próximo a ela e percebi que nenhum dos homens estava reparando nela e aquilo me fez pensar “idiotas” mas ai percebi que tinham mulheres mais bonitas que ela e lembrei também que o meu gosto para mulheres não é muito padrão, de qualquer forma não é todo dia que me sobra uma dessas de calcinha e sutiã na mesma sala que eu, então levantei e fui até ela, sem passos grandes e agachei do lado dela. Ela olhou pra mim e não falou nada, percebi que mais pessoas olharam pra mim, acho que todos estavam pensando “o que diabos esse cara vai fazer”, então tirei minha camiseta e coloquei nela do jeito que ela estava (abraçando as próprias pernas), laceando toda a camiseta, mas cobrindo o corpo dela. Eu sei que poderia deixar ela do jeito que estava, mas como eu ia puxar uma conversa sem antes parecer um homem correto?

- Acho que você vai ficar mais confortável assim né? - Com um sorriso amarelo ouro e as pernas já tremendo, como em toda vez que eu vou cantar uma mulher e voz baixa para não chamar a atenção mais do que já estava chamando.

- No capisce - ela também falou baixo, mas eu não precisaria nem entender o que ela tinha falado porque a cara que ela fez foi muito “O que diabos se falou agora?”.

- Italiana? - recebi um sim sorridente com a cabeça e na seqüência já travei por um segundo ou dois e depois falei com o máximo de concentração possível e bem devagar - Do you speak english?

- Yes, a little - agora quem fez o sorriso amarelo foi ela.

- Good, because I only speak a “little” english - quando terminei de falar já pensei “eu e minhas piadas idiotas, por isso que você está sempre na seca”, mas o surpreendente é que ela devolveu um sorriso, como se tivesse entendido a brincadeira, o que me fez pensar “dale garoto, agora vai! Huhuuuuuuu”.

- Do you work? - perguntei naturalmente.

- Yes - com uma cara de “acho que não entendi, esse cara é meio estranho”.

- With what? - continuei natural como se não tivesse percebido a exitação dela.

- I’m in my residence... I’m studing medicine - ainda com aquela cara de “hein?”.

- Cool, I work in a publicist agency and study merchandising and publicity - ela fez uma cara de não entendi - Understood?

- A little - fazendo um sinal de “mais ou menos” com a cabeça.

- This is becouse I probably didn’t say right, but this is ok… now we know one another and are friends… now I need your help to calm down that girl - falei mais eufórico, com um sorriso no rosto e apontando para a cheer leader chorona.

Quando ela já estava levantando que eu lembrei - Sorry, what´s your name?

- Milena, and you? - sorrindo como quem diz “é verdade né, você me identifica sua amiga sem nem saber meu nome?”.

- Paulo, but you can call me as Pablo or Paul, what is more easy for you - falei com gestos de indiferença para o meu nome.

- Pablo is cool - ela falou bem próxima a mim já que a ajudei a se levantar... na minha opinião próxima até demais para o meu coraçãozinho fraco.

Andamos até a nossa futura amiga chorona calmamente. Não preciso nem dizer que quase todo mundo estava olhando pra gente com um pensamento de dúvida se deveriam socializar também ou não, apesar de que algumas pessoas já estavam começando a cochichar e os assuntos eram nos dois.

- Hey blue girl, why you are crying? What´s your name? - falei com o meu sorriso amarelo que abre qualquer porta do céu ou do inferno. Sarcasmo é uma característica comum a mim.

- What? - ela olhou assustada porque não nos percebeu chegando.

- Hey blue girl, what is your name? - agora que eu me lembro o quão ridículo foi eu tentando ser um cult americano, “blue girl”?

- Katie.

Continua...

Animes, por que gostar?

10 dias depois do meu último post eu retomo o blog. Tá bom que a idéia é um post por semana, mas postar sem ter o que postar é impagável... então esperei em ter o que falar novamente.

Ultimamente tenho assistido muito anime (desenho japonês para os alienados), o que me voltou a assistir mais filmes orientais e ontem comecei a assistir a anti-penúltima série Super Sentai (tokusatso??? não??? tá... flashman e changeman são super sentais). Então acordei me perguntando "Porque mesmo com 23 anos de idade eu continuo gostando dessas coisas?" e a resposta é a divagação desse post.

Parece que a medida que você vai ficando mais velho o gosto vai mudando junto e eu pensei em alguns fatores (concordem, descordem, quero mais é que vcs se fodam):

º A maioria das mulheres gostam de romances, então vc começa a ir no cinema para assistir romances, aluga dvd´s de comédias românticas, assisti a novela das 10 porque ela gosta da suposta trama que a globo supõe fazer e vc supõe gostar.... tudo para agradar ela. E se alugar um "A profecia 666" você vai deixar ela extressada ou com sono e então pode esquecer aquela fodinha sequencial, então acaba sendo condicionado a gostar de romances, conscientemente é porque é algo que agrada ela, inconscientemente é porque o teu pau quer que você goste de romances. Já pensaram na possibilidade que ela não está com vc na cama? Mas com um Richard Geere?

º Outro fato interessante. Você chega em casa e começa a assistir um desenho animado, bem infantil, ai chegam os seus amigos para tomar uma cerveja e se deparam com vc assistindo aquele desenho. Apesar de todos eles tb assistirem escondidos eles vão falar "Assistindo desenhinho? Isso é coisa de nerd", ai eu pergunto "Como que em todas as festas de fantasia sempre tem uma quantidade enorme de Esponge Bob´s, qualquer DC ou Marvel e outros?" é porque tb assistem. MAS!!! quando eles te desafiam quanto ao desenho animado, te bate uma reação de infantilidade que repercurte em uma redução na audiência prestada. O pior de tudo é que sempre tem os alpha dos grupos, e quando esse disser que assiste um desenho animado, todos vão assistir tb, vide a maioria dos desenhos ridículos do cartoon network. Eu adoraria fazer um estudo comparativo da audiência desses desenhos em relação com o aumento da população gay masculina na faixa etária entre 16 e 26 anos!!! Acho que eu não ficaria surpreso com o resultado!!!

º Quanto a alienação. Quando vc se isola assistindo seus filmes cults e desenhos animados incomuns, então vc fica alienados das últimas novidades de quem vai posar pelada, qual a última piada do Pânico e do Casseta e Planeta, qual político está roubando agora (apesar que vc pode saber isso corretamente pela CBN), quem beijou quem entre os famosos, qual o filme (dublado) de 2000 que estreiou agora etc. Percebem meu sarcasmo? A própria televisão te manipula durante os anos, guiando seus gostos, crenças e forma de pensar... mas quanto a influência da televisão eu ainda farei um post completo, mas é que eu acho que esse assunto já está tão batido e é tão obvio!!!

Vantagens de anime.
Pensem que anime é uma ferramenta de educação infantil. Mas olha a diferença, quando eu assisto anime eu presto muita atenção na mensagem final. A seguir alguns animes e algumas mensagens que eu percebi, tanto quanto a vantagem de, como a desvantagem de.
- Wolf´s Rains: amizade, perseverança, pró-atividade, honra, defesa cultural, ideais
- Naruto: amizade, HONRA, a importância dos estudos, superação, patriotismo, intercâmbio cultural, certo e errado
- Gungrave: amizade incondiscional, crença nos ideais, fidelidade, honra, ganância
- Scraied: superação, união, proteção do próximo
- Get Backers: amizade, proteção dos próximos, planejamento financeiro, ignorância
- Dragon Ball: honra acima de tudo, amizade, proteção dos próximos e do lar, aceitar as diferenças
- Tenjou Tenge: aprender com os erros, proteção do próximo e do que é seu, amor, estatus

Assisto muitos animes, mas esses foram os que eu lembrei agora.

Agora... vamos ver os outros desenhos:
- Bob Sponja: idiotice, sexualidade confusa, infantilidade
- Jonny Bravo: autoconfiança exagerada, narcisismo, burrice vs beleza
- Vaca e o Frango e Dú Dudu e Edu: ainda estou tentando descobrir porque até agora só vi idiotice

Eu fico puto quando alguém vira pra mim e fala "meu, o cão coragem é muito engraçado ele só se fode!". Vamos deixar claro que eu não tenho problemas em cada um ter sua forma de se descontrair, o meu problema é criticar os animes. E outra, quer dar risada, vai assistir Monty Phyton, Historia do Mundo parte I, Simpsons etc. Falando nisso, alguém já parou para pensar por que existem os Desenhos animados adultos? Você tem um público enorme de adultos que gostavam muito de desenhos animados e também acham ridículos esses novos desenhos, então as redes americanas criaram desenhos focados nesse público, afinal é uma audiência a ser conquistada.

Para encerrar, outro motivo para as pessoas não gostarem de animes eu acho que é porque não entendem uma palavra do que é dito, o que é assustador para a maioria das pessoas e é o porque justifica os filmes dublados terem tanta audiência nos canais abertos.

Revolta registrada.

Ignorância,
Bem humano que distância o real
Percepção,
Mal de poucos que entristece o real.
Ass. EU