Eu quero matar o cachorro da visinha

Como ninguém olha o relógio das postagens, eu vou dizer que quando comecei a escrever esse post era 1:16 da manhã.

Se formos analisar não é tarde, não se eu estivesse num bar com amigos, no motel com uma mulher nice de se estar, jogando algum jogo de computador que me prendesse, vivendo as aventuras descritas nas linhas de um livro ou em qualquer outro projeto meu. Mas o que dizer de estar no trabalho?

Já virei a madrugada aqui na agência antes, na verdade algumas vezes foram muito divertidas, uma até quase briguei fisicamente com um redator, foi uma puta gritaria e o cara ficou sem falar comigo durante meses, mas não foi motivo de eu querer parar o meu trampo.

Hoje é diferente, diria impossível.

Faz um tempinho que não uso o blog como era na época de blig, como um "querido diário" de depressivo, mas eu precisava conversar com alguém que não respondesse.

Ontem foi a apresentação piloto da minha monografia concluída. Digo piloto porque foi um teste da apresentação que vou fazer na banca. O acontecido foi em sorocaba no congresso de iniciações científicas promovido pelo SEMESP.

O que acontece se você ficar um dia inteiro ouvindo que:
"você é bom",
"que seu trabalho é inovador",
"que você não deve parar os estudos",
"que você apresenta com confiança" etc?

Eu voltei de Sorocaba (local do evento) super motivado, me sentia um rei.

Parei no Ritorna para relaxar um pouco e contei com a presença da Lila e da Mini Me para dividirem a alegria comigo. Eu estava me preparando para voltar para a agência de publicidade onde trabalho, pois tinha muito a ser feito.
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Pausa: vamos analisar o cenário.
Estamos participando de uma concorrência que está a 3 semanas nas mãos do meu chefe, mas ele só foi passar o material pra mim na quarta feira antes do feriado. São 4 planejamentos, um pra cada marca. Eu não fui brifado, tive que pegar o material que o cliente mandou e tentar me informar ao máximo.

Eu até que consegui fazer. Um deles em particular tinha ficado MUITO bom, os outros tinham seus momentos. O problema é que ele me cobrou o tempo inteiro o material porém não deu a menor a atenção.

Ele dizia que tinha lido e depois me entregava um e-mail impresso com as ações que ele queria que acontecessem. Ações essas indiferentes com o meu planejamento, óbvio que ele não tinha lido meu trabalho. E RUINS, a maioria ficou MUITO ruim.

Na quinta feira sentaram todos os envolvidos para alinhar a campanha e até para os outros ficou claro a falta de atenção da parte dele. Ações que ele descrevia na hora e eu, nervoso, só me dava ao trabalho de falar "então mudou tal coisa né" e a resposta dele era "o que?". Depois de descrita a ação ele "poxa que legal, podem fazer assim". O legal em questão estava na mão dele a dois dias esperando 10 minutos de atenção.

Na mesma linha, eu dei uma cópia da minha monografia para ele e pedi para que guardasse com ele como um presente de um trabalho que foi muito importante para mim. Ontem quando cheguei de sorocaba 70 páginas estavam na minha mesa como quem afirma "estou te devolvendo". Qual parte ele não entendeu de "é um presente".

O processo inteiro é errado desde o começo. Ele não sabe fazer briefing, os funcionários não sabem ler briefing e na cabeça dele não precisa. Uma colega definiu bem outro dia "parece medo de que as informações do cliente sumam dos braços dele", 30 pessoas devem organizar seu trabalho pela agenda de 1 pessoa. Algo errado nisso? Minha monografia tem um hipótese, mas eu já escrevi na monografia e não vou repetir aqui.
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Continuando.

Me falem qual a motivação que eu tenho de continuar, de me esforçar?

Eu estou aqui montando um planejamento em power point porque o cliente teoricamente vem pra cá às 14h assistir a apresentação.

ps: o primeiro que pensar "você escolheu publicidade e é assim mesmo fião" vai tomar no cú, não entendeu porra nenhuma do e-mail.

Eu tenho que deixar apresentável um conjunto de ações que estão erradas, não servem ao propósito, serão mal apresentadas e não tem nada meu aqui.

Imaginem... um gênio lá e aqui eu ser totalmente mal aproveitado, ignorado e desconsiderado.

ps2: sim idiotas, eu estou analizando a situação a bastante tempo para poder fazer afirmações como essa.

O mesmo idiota que é assunto aqui teve a pachorra de perguntar "qual é que é desse negócio de congresso de iniciação científica? Pra que serve essa merda?".

O que esperar de uma pessoa que se formou em publicidade com uma monografia formada de
4 referências, sendo apenas uma um livro.

Pra piorar ele põe o Fagcat no circuito. A bicha não se envolveu em nenhum momento com o projeto e do nada resolve dar piteco e querer mudar tudo.

Não contente o idiota está mudando as ações de novo, adicionando coisas ridículas.

A análise no post anterior diz que eu sou um justiceiro, certo? Bom, eu não estou vendo justiça e isso está me deixando desconfortabilíssimo.

Pedi a ajuda dele, que se comprometeu a adiantar uma das 4 apresentações. O cretino não parou na cadeira um minuto sequer. Eu pedi uns 20 minutos para relaxar e ele "claro!" foi lá na criação e começou a trazer umas peças para discutir comigo mudanças.

A essa hora não tem mudanças, a essa hora eu não refaço, a essa hora eu não discordo, a essa hora eu não sou ninguém, nem gênio nem escravo.

Juro, que estou beirando o surto e torceimos para que eu me segure, mesmo!

O que me deixa mais triste é que ele podia estar fazendo a outra apresentação. Eu não me importo em diagramar, mas eu me importo que ele não está ajudando, só está atrapalhando.

VAI TOMAR NO CÚ PORRAAAAAAAAAAAAA

Ps3: o cachorro é uma referência ao cachorro que estava latindo durante a tarde inteira.