Relatório 5

Data de hoje

Estou num evento, é uma homenagem a alguém. Eu estouum pouco mais velho e muito bem vestido e recebendo as pessoas na recepção do local (um tipo de teatro).

Ao meu lado estava uma mesa com alguns doces e bebidas que seriam servidos na saida, portanto estavam cobertos.

Todos que passavam por mim me comprimentavam muito felizes.

Eu sabia que a pessoa homenageada era o meu pai.

Chega um casal, a muler era uma gordona e o cara era alto e bigodudo.
A mulher começa a ter um treco, resfolegar e aproximar o nariz de um doce de frutas cristalizadas coberto por uma camada de açucar em forma de creme (tem um nome isso... só não lembro).
O marido fica vizívelmente transtornado com o escândalo que ela está fazendo, elogiando o cheiro daquilo. Eu abro um sorriso, tiro o plástico que cobre o doce, pego uma faca e corto um pedaço generoso para ela.
- Sintam-se a vonte, qualquer coisa pode pegar mais.

O homem me agradece e pede desculpas por aquilo, eu deixo claro que não precisa se preocupar.

Então lembro que eu faço o primeiro discurso em homenagem ao meu pai.

Começo a descer as escadas, comprimentando todo mundo.

Meu tio lezinho está num assento e me ignora, enquanto eu encaro ele, fechando minha cara.

Tiro algum tipo de malha que eu estava usando, ou cachecól, algo assim e jogo para o meu primo rodrigo que está sentado do lado dele. Rodrigo - filho do tio lezinho que eu não vejo a anos e nunca fomos próximos. Ele pega e sorri, pareciamos próximos naquele instante.

Eu desço as escadas, ainda cordial a todos que cruzam meu caminho.

Chegando no palco o mestre de cerimônias estava apresentando meu pai e minha irmã era a primeira no degrau para falar do meu pai, só que eu sabia que eu era o primeiro e minha irmã foi colocada lá porque eu estava atrasado.

Meu pai me vê e deixa escorrer uma lágrima, se dirigindo a minha irmã e pegando ela pelos braços, de uma forma delicada, como quem diz... "Ele chegou, desculpa."
Minha irmã desce olhando para mim, mas sem uma cara de muitos amigos. Eu devolvi com um sorriso para ela, sincero, não de deboche... admito que ela estava muito bonita... não parecia a hipponga que é no dia a dia.

Subi no palanque, fui apresentado, dei um abraço no meu pai, peguei o microfone e comecei (adaptado):
- Meu pai merece essa homenagem, mais do que qualquer pessoa no mundo. Ele é o homem que mais se fodeu, chegou na merda por erros próprios e principalmente por falsidade da família. Irmãos que não valem nem o que comem (olho na direção do tio lezinho), uma esposa aproveitadora, uma filha mercenária ...
Não lembro de ter me criticado, lembro de ter pegado pesado na questão das pessoas não valerem nada e serem um bando de interesseiras. As pessoas pareciam surpreendidas pelo que eu falava, não parecia o discurso certo para aquele evento, mas estava emocionando o meu pai porque era a verdade e ele estava sendo homenageado por ter aguentado a barra que tinha passado. Estava emocionado pelo meu discurso porque estava se lembrando de tudo.

Corte temporal...

Estou na recepção do salão e todos passam por mim parabenizando meu discurso, então passa uma mulher linda, do tipo que eu gosto. Eu sorrio para ela e me aproximo, convidando-a para a festa que seguia... pelo visto tinha que ser convidado e ela não era, mas indo comigo estaria tudo certo, então usei o convite como álibe para sair com ela.

Ela estava com um vestido muito bonito, com um lenço transparente passando por traz do pescoço e com as duas pontas chegando quase ao chão, onde terminava a saia do vestido.

Ela se despediu dos pais e me acompanhou até o lado de fora do local.

a rua estava muito vazia e só tinha meu tio lezinho indo em direção ao carro dele, acompanhado pelo meu primo rodrigo que ao me ver gritou "Falou junior, até a festa"
- Falou Ro, até lá....... Falou tio (soltei com um sorriso sarcástico)
Meu tio devolveu com um tchau emputecido...

E e a mulher estávamos lado a lado e ela perguntou onde estava meu carro e eu disse que estávamos indo para o ponto do taxi porque eu não tinha carro . ......... não vou me dar ao trabalho de comentar essa parte, eu soava rico.............. fizemos algumas piadas que eu não lembro.

O sorriso dela era lindo.

Ela percebeu que estava uma temperatura agradável onde estávamos, sendo que era uma noite ABSURDAMENTE fria, eu respondi que estava fazendo meu papel de homem ali. Ela olhou para os lado e viu que estávamos no meio de um circulo de fogo flutuante, com pouca iluminação que nos acompanhava... o circulo foi produzido por mim... parece que eu tinha esse poder.

Ela abraçou meu braço esquerdo e eu olhei para ela com um sorriso saudável, fizemos alguns comentários e ela disse que estava fazendo o papel dela de mulher... não lembro mais para qual comentário.

Derrepente me bateu o estalo que eu estava sonhando, insisti em continuar andando com ela, estava muito gostoso, e aceitei que estava na hora de voltar a mim... Voltei para um lugar escuro e derrepente estava em mim novamente.

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito interessante todos eles, e apesar de você já ter me comentado eles com toques de interpretação, creio que você ainda deve esperar eles amadurecerem na tua cabeça, até porque outros sonhos futuros podem vir a esclarecer algumas coisas passadas.

Abraço!

Aline disse...

pooooooooooooooo
eu AMEI esse post..
na boa..

Unknown disse...

Paulo, ficou máster esse post. Quero mais...descrição dessa luta!hahaha

bjooooo
Sou sua fã hein