Chapter VII - By our selfs

Olah a primeira parte do sétimo. To num embalo grande, então se bobiar eu vou conseguir escrever um pouco por dia... sem dó!!!!

Boa leitura pessoal.

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Chapter VII - By our selfs

Pouco tempo depois que a Milena saiu da minha baia no hospital eu já me levantei e pressionei o controle de pulso para ativar meu uniforme, por um instante eu cheguei até a hesitar como se estivesse recusando todo aquele conhecimento que me foi inserido na mente. Durante a saída eu cruzei com participantes de outras equipes que pareciam ainda estar em fase de recondiscionamento. Foi engraçado quando eu comecei a pensar em quem que cuidava de todos aqueles pacientes, até que eu passei por um quarto onde reparei numa enfermeira holográfica trocando o que pareciam bandagens num paciente.

Caminhando pela praça em direção ao hotel reparei que toda aquela destruição não estava mais ali, estava TUDO perfeitamente em seu lugar e o segundo hotel em construção já estava práticamente pronto, apenas com algumas reformas internas.

Como faltavam 3 horas para encontrar o pessoal no bar fui até o meu flat, ou quarto de hotel se preferirem, peguei uma dose de whiskie, me joguei na cama e liguei a TV, mal comecei a assistir Slevin que estava passando e começou a bater aquele sono que eu já conheço o significado, Murphy quer falar comigo. Desliguei a TV e me posicionei em lótus, relaxando mente e corpo para iniciar a comunicação. Rápido como nunca antes foi eu estava no Ritorna, uma pizzaria próxima ao metrô Sta Cruz em São Paulo, rodeado dos meus amigos e amigas, contando para eles o sonho louco que eu tive sobre uma abdução alienígena, até que todos eles ganharam mascaras iguais às usadas pelos líderes mascarados, aquilo me assustou e eu recobrei o controle, no ato que o líder retirou sua máscara preta, era Murphy, claro!
Paulo: Caramba, nunca vim parar aqui tão rápido.
Murphy: Você já deve ter percebido que esse lugar tem mais mana - como eu e ele chamamos o nível de poder da natureza de uma região específica - que em São Paulo.
Paulo: É verdade, chega a ser até maior que naquela cachoeira de Trindade.
Murphy: Eu te chamei pra te lembrar uma coisa que ia te dizer no hospital.
Paulo: Certo, vocÊ foi interrompido pela Mi. Se viu que delícia que ela tá?
Murphy: Talvez ela seja a tua tampa, e lembre-se que vocês dois são da mesma panela, isso ajuda muito na empatía de vocês, mas não é isso o que importa. A questão toda é que eu queria que você se lembrasse de como você é, aquilo que a gente vem trabalhando a alguns meses.
Paulo: Impulsivo?
Murphy: Mais ou menos isso, meu medo é que você se empolgue mais do que deveria com toda essa situação, eu conheço eles a mais tempo que vocÊ e apesar deles terem uma tecnologia mais avançada isso não é um jogo, pelo menos não para vocÊs.
Paulo: Você quer dizer que para eles isso é um jogo?
Murphy: Eu não posso te dar certeza, agora que vocÊ está nessa eu posso te contar algo especial que ainda não foi dito para ninguém mas provávelmente as minhas outras partes já devem estar comentando para os seus atuais corpos.
Paulo: Por que eu sinto que você vai estuprar meu senso de realidade?
Murphy: É por isso que o que eu vou te dizer nunca foi aberto antes. Primeiro que eles mantém contato conosco até os dias de hoje, sabe aquela idéia de que existem mundos acima do de onde eu vivo? Bom... Eles são esse mundo, eles tem tecnologia para conversar conosco, esse foi o grande experimento deles quando criaram a primeira geração da nossa população, a idéia era matá-la para descobrir para onde íamos, daí que veio a primeira guerra.
Paulo: Eu não vou dizer que você está sendo 100% claro, mas eu acho que estou pegando a idéia da coisa.
Murphy: Eu sei que está. Agora me diga, como você vê uma coméia é como as abelhas se veêm?
Paulo: Claro que não. Mas e se as abelhas conseguissem ver elas mesmo só que com o olhar de um humano?
Murphy: Eu tenho tanto orgulho de você às vezes! Você entendeu, essa guerra para proteger a própria Terra é a forma deles mesmo jogarem uma pedra na coméia e ver como elas reagem.
Paulo: Hein? Agora eu não entendi...
Murphy: Seguindo essa minha linha de raciocínio... se as abelhas se fingissem de morta caso elas soubessem que o agressor não tem interesse em roubar seu mel elas poderiam ficar quietinhas, conviver com as perdas e retomar sua rotina. Atacando elas podem defender a coméia ou até perdÊ-la para o agressor.
Paulo: Você quer dizer que a gente não tem que lutar?
Murphy: Eu não posso elogiar mesmo! Eu quero que você tente olhar essa guerra de outros pontos de vista, o deles, o que vai ser práticamente impossível para vocês, mas esta é a questão, eles vão jogar a pedra na Terra, qual vai ser a reação da Terra quanto a isso?
Paulo: Esse é o desafio que vocÊ me lança né? Antes eu achava justificável, mas agora eu estou estranhando vocÊ parecer já ver o futuro.
Murphy: Quando você vendia alguma coisa para algum cliente você já não sabia o que ele ia falar por reações sociais?
Paulo: Sim, mas eu não tinha certeza.
Murphy: Imagina que a tua sociedade inteira está no nível desse cliente para mim. Ah! Eles também são os vendedores nessa história toda, a questão é que eles conseguiram dominar isso ao ponto de comprovar científicamente e então realmente moldar o tempo. Agora eu vou indo, você ainda tem um bom tempo para pensar a respeito.
PAulo: Antes você pode me responder o que tem naquela outra cidade?
Murphy: Vai lá você mesmo descobrir.

Eu acordo...
Paulo: Merda, eu odeio quando ele faz isso.
Dietrich: Você também fala com eles né? - Na hora eu tomei um puta susto, o que ele estava fazendo no meu quarto, sentado numa cadeira, me observando. A minha reação inicial foi sacar do controle de pulso uma arma, apontada para a cabeça dele, o que foi respondido na mesma velocidade.
Paulo (já me acalmando): Se tá loco de aparecer assim? O que se tá fazendo aqui?
Dietrich: O meu guia me falou que você também conversa com eles. Então eu vim discutir isso contigo.
Paulo: Ele também te falou da parte onde nós temos a estrutura social de abelhas comparado com eles?
Dietrich: Opa! Alto e claro. Posso fumar aqui?
Paulo: Nossa, eu nem sei onde eu deixei meu cigarro, agora que você falou que eu lembrei.
Dietrich: Pega do meu, eu só fui me acalmar para voltar a fumar quase que 24h depois da batalha.
Paulo: Obrigado. Qual a tua opinião a respeito? - nossa que baforada gostosa!
Dietrich: Eu só acho que a gente ganha alguma coisa aqui se nós transformarmos eles nas abelhas.
Paulo: Você já conversou isso com o pessoal?
Dietrich: Não, eu queria discutir isso antes com você.
Paulo: Estou pensando. Estava conversando com o meu avatar, acho que algumas respostas podem ser encontradas naquela cidade.
Dietrich: Vamos combinar com todo mundo?
Paulo: Quais as chances de TUDO ser grampeado?
Dietrich: Quais as chances de eles não darem a mínima para gente?
Paulo: Vamos ser os humanos, não as abelhas né?
Dietrich: Isso mesmo.
Paulo: Vamos fazer direito. Pelo que eu senti não vamos encontrar nada de perigoso lá, vamos convocar o Hernanes e o Carlos.
Dietrich: Se acha uma boa?
Paulo: Assim eles vão se interessar em monitorar e vão dar corda para a gente se enforcar.
Dietrich: Pré-supondo que estejamos sobre constante monitoração essa é a melhor forma de conquistar espaço. E se nós tocarmos onde não devemos vamos saber porque eles vão interfirir.
Paulo: Perfeito.
Dietrich: Eu vou para o meu quarto, a gente se encontra depois - ele já se levantou e foi em direção à porta.
Paulo: Beleza. Só mais uma coisa.
Dietrich: O que? - ele encontrou uma arma na testa.
Paulo: Nunca mais invada meu flat.
Dietrich: Beleza (risos).
Paulo: (risos).

(continua)

2 comentários:

Anônimo disse...

Então cara, como eu já tinha dito, tá muito bom, eu percebi nesse início do capítulo 7 uma profundidade maior do que tinham os outros posts, estou gostando pacas. Quando tem outro saindo do forno?

Keep writing!

Anônimo disse...

Pela primeira vez que entro no seu blog, claro no bom sentido, começo a gostar da profundidade de suas conversas com Murphy e Dietrich, preciso ler os cap. anteriores, mas ta muito chou de bola.