Como dito.. tá ai o ócio em ação. Dois posts em uma tacada. Como disse esse segundo tem influências loirísticas. Já estou muito feliz com as qualidades e defeitos percebidos até agora, vamos ver como ela se sai como musa.
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Despedidas são sempre tristes. A última tragada de um cigarro, a última mordida do sanduíche, a última página de um bom livro, a última música de um CD, até mesmo o último degrau de uma escadaria. Todas horríveis, mas tem uma pior que todas. O último beijo.
Encontros e despedidas são muito parecidos e sempre se repetem. Aqui, o último, não é o último da vida, mas o último de um momento, esse intenso como o valor da vida. Outro encontro está próximo, sempre, mas nunca o bastante.
Por isso que o último beijo é a pior despedida, você sabe que poderá beijar mais semana que vêm, amanhã, daqui cinco minutos, mas ele não deixa de ser o último beijo. Depois dele fica aquele gostinho de "outra pessoa", não só nos lábios, mas na alma.
Você precisa ir, a outra parte precisa ir. Chegou o filtro, acabou o pão, acabou o livro, terminou o CD, o último degrau. Tudo vem seguido de um vazio. Você pode acender outro, pedir outro, ler outro, ouvir outro, subir mais. Você também pode puxar pelo braço e dar outro beijo. Mas os primeiros são um re-encontro que terminará em outra despedida. Esse não é igual, é um beijo desenganado, pior que o que foi de despedida, "eu sei que depois desse acabou".
É do último beijo que se lembra. Os que levaram a ele são apenas uma bateria, que carrega a importância do último. E a relação de carga está diretamente ligada ao tamanho do vazio que fica, assim como o tempo que se instalará. O último beijo chama um olhar sincero, que fala tudo o que aquilo representou, chama a droga do beijo desenganado que confirma que acabou, chama uma cola entre duas mãos que são as últimas a se soltar, e mesmo depois de separadas ainda fica uma sensação de que ainda estão conectadas, fica uma memória de vários momentos, só não fica O BEIJO.
O próprio sexo não é tão forte quanto o beijo, tanto que normalmente termina com um beijo. Por que? Para marcar, para sofrer, para lembrar, para saudades sentir, para querer mais forte, mais demorado, mais intenso, mais diferente, mais sufocante, mais sincero mais mais mais mais mais SEMPRE MAIS, inclusive MAIS vazio depois do último que sempre precisa vir!
Beijo deveria ser que nem garrafinha de coca cola, que você pode virar ela inteira, sentir o prazer de uma vez só e ainda ficar com aquele gostinho doce empreguinado na boca. Como esse gigantesco gole, não seria o último beijo porque ele ainda é o primeiro, duraria até acabar a garrafa. E que nesse caso seja um barril. O barril pela demora de se beber, pelo tamanho, quantidade, forma como vai acabar o ar de tanto dele beber, por ser eterno, chegar a ser até indigesto, mas NUNCA o de despedida.
Melhor, volto para o exemplo da escadaria. Até tropeçar quando não aguenta mais, cansar o corpo inteiro do esforço, faltar ar, se sentir especial por conseguir escalar todo aquele eterno desafio. Principalmente ser eterno, chegou no topo, desce, sobe, desce, mas não para, até não aguentar mais, mas nunca se despedindo, nunca o último degrau, constantemente a mesma escalada. O beijo que nunca é o de despedida, pois ainda é a mesma viagem.
Cabe agora acender um cigarro e pedir um lanche. Esses quando acabarem eu posso pedir outro, tão intensos quanto. Quanto ao beijo cabe esperar, retendo o vazio deixado pelo beijo de despedida, estragado pelo beijo desenganado, até o próximo, que não será um barril ou uma escada, mas uma nova montanha russa, que tem que terminar com a maldita emoção da última queda.
Ass. EU
Aos aventurados minhas boas vindas, leiam com paciência mas comentem sem tal virtude.
Another life
Lembra que eu disse que tinha outro conto??? Bom... aqui vai o dito e se der certo já escrevo outro na sequência, já que estou um pouco no ócio aqui. O segundo tende a ser um pouco mais meloso, devido a influências loiras externas...
Já vou avisando que acho difícil ser tão bom quanto o último, o qual agradeço todos os elogios. Mas a sacada que eu tive me pareceu bem interessante.
O nome do personagem principal é uma prepotente homenagem ao filho da minha cliente que nasceu a poucos dias.
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João Pedro é mais uma pessoa, com uma vida que pode ser chamada de completa. Ele é casado com uma moça que conheceu na faculdade, com interesses em comum. Juntos tiveram 2 filhos, lindos para eles e educados por algumas tradições mixadas das famílias dele e de sua esposa.
Ele trabalha numa grande multinacional. Hoje é gerente de marketing de uma divisão próspera e que ele acredita, assim como lhe é dito, ser vital para a corporação. Ele vê o presidente da empresa como um homem justo, pela forma que administra os negócios. Claro que tem vez ou outra que algumas coisinhas acontecem, como corte de pessoal, mudança nos impostos descontados em folha, algum diretor segue uma estratégia questionável etc. Mas a empresa sempre mantém o nível de satisfação elevado, seja com novos benefícios, uma festa para funcionários e familiares, viagens ou até um simples stream speech motivacional por parte do presidente.
João Pedro já recebeu ofertas para mudar de multinacional, mas ele sente como não precisando, já que ele acredita muito que é bastante recompensado na que está. Também entra ai a segurança de trabalho que ele precisa para seus filhos. Assim como ele vê claramente em sua esposa a segurança de cuidados com seus filhos e seu lar.
Um dia aconteceu algo estranho com João Pedro. Entre uma planilha e outra ele ficou com muito sono e sem perceber cochilou em cima de sua mesa. Sugado por uma leveza estranha e convidativa, ele se deixou sonhar. Ele sonhou que era outra pessoa, ele era Jonos Pietro.
Jonos Pietro é mais uma pessoa, com uma vida que pode ser chamada de completa. Ele é casado com uma moça que lhe foi apresentado pela família dos artesões, que tinham negócios com seus pais. Juntos tiveram 8 filhos, lindos para eles e educados pelas tradições daquele feudo.
Ele trabalha no campo, nos limites do reino. Hoje é o encarregado da produção de trigo e que ele acredita, assim como lhe é dito, ser vital para o reino e feudo. Ele vê o senhor feudal como um homem justo, pela forma que governa suas terras. Claro que tem vez ou outra que algumas coisinhas acontecem, como roubo de galinha seguido de enforcamento, mudança nos impostos da família, algum lorde agindo de forma estranha etc. Mas o feudo sempre mantém a alegria em alta, seja com a distribuição de moedas de prata, uma festa para as famílias com bastante vinho e pão, a vitória de uma guerra ou até um simples discurso na varanda por parte do Senhor Feudal.
Jonos Pietro já pensou em prosperar em outro feudo, mas ele sente como não precisando, já que ele acredita muito que ele e sua família são bastante recompensados na que está. Também entra ai a segurança proporcionada pelo exército do senhor feudal, que nunca deixou chegar um ataque sequer próximo dos muros, de sua esposa ou de seus filhos. Assim como ele vê claramente em sua esposa a segurança de uma mulher que lhe provém vários filhos fortes e saudáveis.
Um dia aconteceu algo estranho com Jonos Pietro. Entre uma saca e outra ele ficou com muito sono e sem perceber cochilou em cima de uma pilha de trigo. Sugado por uma leveza estranha e convidativa, ele se deixou sonhar. Ele sonhou que era outra pessoa, ele era Jojo Piqueco.
Jojo Piqueco é mais uma pessoa, com uma vida que pode ser chamada de completa. Ele é casado com 5 esposas, primas dele e filhas de anciões respeitados de sua tribo. Juntos tiveram mais de 20 filhos, fortes e corajosos no caso dos meninos e bonitas e saudáveis no caso das meninas e educados pelos anciões, junto com as outras crianças, os meninos a segurar armas e caçar para o sustento e as meninas a cozinhar, serem boas esposas e colher.
Ele é um dos pescadores. Hoje é eficaz no que faz, tanto quanto os outros...
Ass. EU
Já vou avisando que acho difícil ser tão bom quanto o último, o qual agradeço todos os elogios. Mas a sacada que eu tive me pareceu bem interessante.
O nome do personagem principal é uma prepotente homenagem ao filho da minha cliente que nasceu a poucos dias.
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João Pedro é mais uma pessoa, com uma vida que pode ser chamada de completa. Ele é casado com uma moça que conheceu na faculdade, com interesses em comum. Juntos tiveram 2 filhos, lindos para eles e educados por algumas tradições mixadas das famílias dele e de sua esposa.
Ele trabalha numa grande multinacional. Hoje é gerente de marketing de uma divisão próspera e que ele acredita, assim como lhe é dito, ser vital para a corporação. Ele vê o presidente da empresa como um homem justo, pela forma que administra os negócios. Claro que tem vez ou outra que algumas coisinhas acontecem, como corte de pessoal, mudança nos impostos descontados em folha, algum diretor segue uma estratégia questionável etc. Mas a empresa sempre mantém o nível de satisfação elevado, seja com novos benefícios, uma festa para funcionários e familiares, viagens ou até um simples stream speech motivacional por parte do presidente.
João Pedro já recebeu ofertas para mudar de multinacional, mas ele sente como não precisando, já que ele acredita muito que é bastante recompensado na que está. Também entra ai a segurança de trabalho que ele precisa para seus filhos. Assim como ele vê claramente em sua esposa a segurança de cuidados com seus filhos e seu lar.
Um dia aconteceu algo estranho com João Pedro. Entre uma planilha e outra ele ficou com muito sono e sem perceber cochilou em cima de sua mesa. Sugado por uma leveza estranha e convidativa, ele se deixou sonhar. Ele sonhou que era outra pessoa, ele era Jonos Pietro.
Jonos Pietro é mais uma pessoa, com uma vida que pode ser chamada de completa. Ele é casado com uma moça que lhe foi apresentado pela família dos artesões, que tinham negócios com seus pais. Juntos tiveram 8 filhos, lindos para eles e educados pelas tradições daquele feudo.
Ele trabalha no campo, nos limites do reino. Hoje é o encarregado da produção de trigo e que ele acredita, assim como lhe é dito, ser vital para o reino e feudo. Ele vê o senhor feudal como um homem justo, pela forma que governa suas terras. Claro que tem vez ou outra que algumas coisinhas acontecem, como roubo de galinha seguido de enforcamento, mudança nos impostos da família, algum lorde agindo de forma estranha etc. Mas o feudo sempre mantém a alegria em alta, seja com a distribuição de moedas de prata, uma festa para as famílias com bastante vinho e pão, a vitória de uma guerra ou até um simples discurso na varanda por parte do Senhor Feudal.
Jonos Pietro já pensou em prosperar em outro feudo, mas ele sente como não precisando, já que ele acredita muito que ele e sua família são bastante recompensados na que está. Também entra ai a segurança proporcionada pelo exército do senhor feudal, que nunca deixou chegar um ataque sequer próximo dos muros, de sua esposa ou de seus filhos. Assim como ele vê claramente em sua esposa a segurança de uma mulher que lhe provém vários filhos fortes e saudáveis.
Um dia aconteceu algo estranho com Jonos Pietro. Entre uma saca e outra ele ficou com muito sono e sem perceber cochilou em cima de uma pilha de trigo. Sugado por uma leveza estranha e convidativa, ele se deixou sonhar. Ele sonhou que era outra pessoa, ele era Jojo Piqueco.
Jojo Piqueco é mais uma pessoa, com uma vida que pode ser chamada de completa. Ele é casado com 5 esposas, primas dele e filhas de anciões respeitados de sua tribo. Juntos tiveram mais de 20 filhos, fortes e corajosos no caso dos meninos e bonitas e saudáveis no caso das meninas e educados pelos anciões, junto com as outras crianças, os meninos a segurar armas e caçar para o sustento e as meninas a cozinhar, serem boas esposas e colher.
Ele é um dos pescadores. Hoje é eficaz no que faz, tanto quanto os outros...
Ass. EU
Chuva preta
Esse blog não morreu, eu é que estou cheio de merda na cabeça, anotando muitas coisas em um caderninho e com vontade de escrever aqui somente quando eu quiser!!!
Segue dois textos que pensei enquanto lia alguns feeds de notícias hoje de manhã. O primeiro está aqui, o outro amanhã de manhã.
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No começo havia um Deus, hoje chamado por Deus, mas, na época, sem forma, sem nome, sem existência. No começo havia um Diabo, hoje chamado por Diabo, mas, na época, sem forma, sem nome, sem existência. Eles apenas existiam e graças a suas existências tudo era equilibrado.
De suas existências começaram a nascer anjos e demônios, que sentiam seus mestres e tinham noção de suas oposições. Esses, não sabiam que seus mestres não se odiavam, na verdade formavam uma coisa só, para serem um balanço perfeito. Esses, não sabiam que sua existência como humanóides tinha o objetivo de poder verbalizar o quanto um Deus sabia quanto o outro Diabo era importante para sua existência e vice e versa.
Por não terem o poder total e sabedoria de seus mestres, entenderam errado e se viram como exércitos inimigos, já que a primeira coisa que perceberam em si foram sua força, consequente da compactação da força de Deus e Diabo. Mal sabiam eles, anjos e demônios, que a primeira coisa que deveriam ter percebido era o poder de criar e o poder de destruir, respectivamente!
Eles começaram a guerrear, sem fim. Deus e Diabo não tinham emoção, por isso não interferiram. Deus e Diabo os criaram por igual, por isso ficou tudo igual. Nada mudou... para Deus e Diabo.
A guerra entre as duas partes, por mais bruta que fosse, continuava balanceada, mas sem que percebessem, seus verdadeiros poderes, aqueles que deveriam ser primeiro percebidos, começaram a tomar duas formas. Uma, um líquido tranparente, límpido, inodor, hoje chamado de água. Outra, um líquido escuro, grosso, com um cheiro forte, hoje chamado de petróleo.
Do choque desses constantes poderes, anjos e demônios começaram a perceber seus reais poderes, porém tarde demais e deturpados. Para os demônios, destruir os anjos era impossível já que o devido poder de criar anulava o poder de destruir e para os anjos, o seu poder de criar era inútil na intenção de destruir.
Então, os anjos raciocinaram seus poderes e criaram uma massa, uma prisão para os demônios, hoje chamada de planeta Terra. Provávelmente, esse era o presente que Deus queria verbalizar para Diabo, uma criação perfeita, enquanto o agradecimento do Diabo viria na forma da maculação, mantendo o balanço. Mas os demônios não a macularam, eles a tentaram destruir fisicamente e não em sua perfeição, isso os levou a serem aprisionados.
Naquele instante, as forças do Diabo enfraqueceram e sem intenção Deus começou a sobrepujar Diabo. Conscientes que aquilo não devia acontecer, eles se materializaram, na forma do que hoje é a humanidade. Eles ainda sabem que estão ali, mas hoje existem em pequenas porções.
Como Deus estava maior, devido ao desbalanço, ele tirou parte da perfeição dos anjos, que perderam sua força e ganharam a corrupção como um dom facultativo, para que se enfraquesesse. Mesmo assim ele ainda estava superior ao Diabo, então ele diferenciou uma parte da humanidade, com o poder de criar, independente da presença dele e do Diabo, e a esses deu o nome de Mulher. Nesse balanço, Deus ainda ficou um pouco maior dentro da humanidade, então deu a eles o direito da escolha, a escolha de quebrar o balanço perfeito, assim quem quisesse poderia preferir o Diabo, quem quisesse poderia preferir a Ele e aqueles que soubessem equilibrar os dois teriam acesso a um poder fantástico.
Os demônios, aprisionados, tomaram a forma do petróleo, nas rochas do planeta. Os anjos, tardiamente, perceberam seu erro, graças ao dom da corrupção, então apresentaram para a humanidade o petróleo, que seria utilizado para o avanço tecnológico. Depois, os anjos tomaram a forma da água, na apresentação de chuva, consciente de que com o avanço tecnológico, sua água seria poluida na forma de chuva ácida e essa seria sua forma de se balancear com os demônios, como Deus e Diabo inicialmente queriam.
O petróleo, como sua origem, tem hoje o poder de destruir, daí as guerras e corrupção ligados a ele. A água, como sua origem, tem o poder de criar, mas devido aos erros dos anjos, ela hoje é usada mais para limpar, e para criar precisa ser purificada pela humanidade, que é o ato de destruir algo, para dele nascer algo, como se Deus e Diabo agissem em conjunto para retomar o equilíbrio. Quando esse dia chegar, tudo voltará a ser dois, apesar de nunca ter deixado de ser dois.
Quanto ao poder fantástico, para aquele que alcançar o equilíbrio, ninguém alcançou, mas é de se imaginar que ao se alcançar o equilíbrio de Deus e Diabo algo aconteça. Ou é apenas a humanidade, errando como anjos e demônios, querendo destruir sua própria natureza para criar algo fantástico. Talvez, a humanidade precise se inclinar mais para um lado ou outro, para recuperar o equilíbrio.
Ass. Eu
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Ps: porra... gostei hein!!! Até parece religioso, apesar de vindo de um ateu!!!
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